domingo, 13 de janeiro de 2019

Del faz 75!

Domingo de preguiça por aqui...

Voltamos de Araguari, os pequenos e eu, para passarmos o final de semana com o papai. Os meninos sentem falta quando ficamos muito tempo longe dele e eu também. Acontece que as próximas semanas precisarei ficar por lá para ver se consigo finalmente tirar carteira de motorista. É um sacrifício que valerá a pena, com certeza! Falando nisso, amanhã é o psicotécnico. Primeiro passo!!

No meu casamento em 2008
Hoje é aniversário do meu pai, 75 anos! Vou à noite para Araguari, aproveito para dar cheiro nele. Meu paizinho está ficando velhinho... Velhinho mesmo, tadinho. A memória já não funciona mais direito. Às vezes falamos uma coisa ou pedimos algum favor, ele esquece e não faz ou não fala mais no assunto.. No Natal ele me deu dinheiro para comprar um presente para a mãe. Comprei e coloquei nas mãos dele para ele dar. Ele guardou no quarto, passou o Natal (aqui em casa, inclusive) e ele esqueceu de entregar... Quando fui visitá-los, dois dias depois do Natal, foi que ele lembrou e entregou. Fico de coração partido de vê-lo assim. Procuro enchê-lo de atenção, carinho, ter paciência para falar as coisas mais de uma vez e curtir ao máximo a companhia dele. Ele é tão carinhoso com meus neguinhos... Isso me faz amá-lo ainda mais!

Tenho muito forte dentro de mim a lembrança dos domingos de manhã, ele ouvindo um programa de rádio que só passava músicas antigas. Elvis, Beatles, Jackson 5... Todos esses e muitos mais a primeira referência quem me deu foi ele. Todas as músicas que eu curto, principalmente internacionais, das décadas de 50 e 60 que eu gosto são graças a ele. 

Natal 2018 aqui em casa
Meu pai é uma figura muito importante na minha vida. Ele, ao longo da minha vida inteira até hoje, tem aquela mania de fazer pequenos gestos que fazem a diferença na vida da gente. Por exemplo, até hoje, quando durmo na casa dele, quando abro a porta do quarto de manhã tem uma sacolinha de pão-de-queijo pendurada na maçaneta para eu tomar café. Foi assim desde quando eu morava lá e acordava cedo para ir para a escola. E o mais interessante é que ele foi aumentando a porção com o passar do tempo! Primeiro dava só para mim. Hoje é suficiente para mim e os meninos tranquilamente. Não é lindo? ♥

Quantas vezes ele me levou e buscou na escola e no curso de Inglês, sem nunca reclamar, sempre pontual...

É tanta gratidão que sinto por ter um pai assim! Muito, muito amor mesmo por meu paizinho!


 Travelin' Man (Ricky Nelson, Robert Norberg)
📚 Pausa no livro A Grande Espera para estudar para o concurso...
 🎬 Espelho da Vida (novela 18h) Viciada nessa novela, sério...
💭  Arrumei minha cozinha com organizadores de parede...to apaixonada!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

De quantos recomeços é feita a vida? ❀

Depois de alguns anos sem notebook, retornei e vim escrever no blog. Deu saudade. Senti vontade de voltar a compartilhar algumas coisas na internet que não fossem produzidas para ganhar um clique rápido, um like impensado. Alguns dias depois de tentar lembrar meu login e senha neste site (no outro já desisti), eis que abro aqui e há o texto abaixo, que eu escrevi há 6 anos e por algum motivo não publiquei. Publico agora. Há algumas coisas a serem atualizadas, mas haverá tempo certamente! E aviso: voltei! ;)


"Quanto tempo sem escrever! Férias intermináveis das letras, parece. Mesmo assim retorno, como se fosse um reencontro comigo mesma. Durante alguns anos, me senti no limiar entre duas pessoas completamente diferentes, e eu tivesse a obrigatoriedade de escolher uma das duas para representar a identidade da Marília Fabiane. De todo modo, a sensação que tenho é a de que finalmente compreendi, e mais que isso, aceitei, a ideia de que posso ser as duas, e ainda assim ser eu mesma. Posso seguramente ser a mãe responsável, culta, leitora, boa esposa (que muito me agrada, por sinal) e ser também a jovem de 23 anos que ama maquiagem, ouve sertanejo e quer conhecer o mundo. Por que não?
Demorei, mas entendi afinal que não se trata de uma escolha cabal. Trata-se antes de mais nada, de um profundo "conhece-te a ti mesmo". Custaram-me 6 anos para digerir esse meu novo "papel" na vida. Mas consegui, e sinto-me feliz com isso.Em termos sentimentais, orgulha-me olhar para trás e constatar com certeza absoluta, que amo incondicionalmente meu marido, mesmo após quase 10 anos de relacionamento. Isto é para mim uma conquista inigualável, considerando este mundo louco, em que as pessoas trocam de namorado de hora em hora.
Estou lendo um livro chamado Cartas a Nelson Algren, de Simone de Beauvoir. Muito me lembra o início do meu namoro, quando morávamos muito distantes e não podíamos desfrutar da companhia um do outro. Me identifico plenamente com o sentimento que dominava Simone naquela época. Tudo era motivo para escrever e sentir saudades. Quando se ama alguém que mora longe, dá saudade até do que não se viveu. E quando se tem a graça de estar perto, mesmo o silêncio é reconfortante. E quando se constroi uma família com esse alguém, então não há motivo para se pedir mais nada a Deus.
Ter um filho com quem se ama, é uma dádiva que TODAS as mulheres deviam experimentar. Traz uma sensação de completude, de "agora sim meu papel no mundo está completo". É, sem sombra de dúvidas, a materialização do amor entre duas pessoas.
E foi aí que eu entendi que se eu quero amar e ser amada pela família que eu construí, então eu preciso me amar, me respeitar e me aceitar tal qual sou. Feito um floco de neve, com todas as suas pontas, cada uma apontando um lado diferente, mas todas fazendo parte de um todo, sem o qual elas deixariam de ser o que são.
Eu me aceitei. Com todos os meus defeitos, com todas as minhas loucas preferências. Lendo Dostoievski, Kafka, Jorge Amado e E.L. James. Ouvindo Chico Buarque, Ana Carolina, Britney Spears e Banda Calypso. Me preocupando com a qualidade da educação no Brasil e com a marca da maquiagem que eu uso. Querendo conhecer a Grécia, a Itália, a Índia e o sertão de Pernambuco.
Essa sou eu. Uma menina-mulher e um sem-número de alter egos!
Bem-vindos a um 2013 renovado! 
;)"

 Isabella Taviani – A Canção Que Faltava


 📚 A Grande Espera (Eurípedes Barsanulfo)


 🎬 Espelho da Vida (novela 18h)


💭 Feliz de recomeçar a escrever...


👶 Férias com os meninos na casa da mãe...

domingo, 22 de janeiro de 2012

Vinícius: dois meses hoje!

Hoje é um dia muito especial para essa mamãe de primeira viagem aqui: meu Vinícius está completando dois meses! Estou tão feliz porque ele está grandão e espertinho, e lindo, e maravilhoso, e eu acho que sou a mãe mais coruja desse mundo (como todas as mães!)! E hoje também recebemos a visita da Manu - minha amiga linda de infância - e a Bellinha, filhinha da Manu que está com quase 8 meses. Adorei o domingo! ^^

Vinícius completando 2 meses hoje!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ele chegou!


No último post - que diga-se de passagem aconteceu há muitíssimo tempo - falei do meu bebezinho. Naquele dia, eu ainda não sabia se era menino ou menina, e ainda nem havia feito o primeiro ultrassom da gravidez. A única coisa que eu sabia era que estava grávida.
Pois bem, de lá pra cá muita coisa aconteceu. A placenta descolou, quase perdi meu tesouro, fiz três milhões de ultrassons até descobrir que era um menino, engordei pra caramba, fiz o enxoval, chorei, ri, dormi muito, fiquei brava, fiquei feliz, cansei de ver a cara do médico, e depois de muuuuito esperar (tenho certeza absoluta de que foram mais de 9 meses de espera, mas enfim...) meu lindo Vinícius veio ao mundo numa cesária de urgência, no início da noite do dia 22 de novembro de 2011. Tá bom, tá bom.. Estou atrasada com esse post, mas antes tarde do que nunca! ;)


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Eu, mãe?

Desde que comecei um relacionamento verdadeiramente sério, eu sempre pensei em ter filhos. Sempre imaginei que eu seria uma mãe chique, com um carrinho de bebê lindo e moderno, e claro, eu usaria scarpins lindíssimos e teria um corte de cabelo ultra moderno. Óbvio, que além disso, eu seria um poço de experiência e sabedoria, e conheceria mil e uma maneiras de se educar uma criança (não preciso mencionar que essa sabedoria seria advinda de leituras a respeito do assunto e muitas conversas com a minha mãe). Enfim, como deixei transparecer no último post, estou grávida.

Acho desnecessário dizer que eu nao sou chique, nao tenho dinheiro para comprar um carrinho de bebê lindo e moderno e não gosto muito de scarpins. A única coisa que tenho de fato é um corte de cabelo ultra moderno. E só. Porque nem convém mencionar que passo longe de dominar técnicas de como se educar uma criança, e o meu nível de sabedoria a respeito desse assunto é zero.

Mas o que me chamou a atenção é que a gente não sabe quando realmente se torna mãe. Sim, desde o dia em que descobri minha gravidez tenho tentado me acostumar com a ideia de que minha vida como eu conheço está para mudar (na verdade, já mudou contando que eu não consigo mais dormir à noite, passo o dia com sono e a sensação de enjoo não vai embora nunca). E juro, que acima de tudo tenho tentado com toda a força do meu ser, não desesperar. Porque é uma nova vida. Um serzinho que a princípio dependerá de mim para tudo, e eu serei um exemplo para ele/ela.

É. Essa parte do exemplo realmente assusta. Mas não é isso que eu quero dizer. O que eu quero dizer é: que tipo de mãe eu serei? Que tipo de filho o meu filho vai ser? A que tipo de coisas e acontecimentos ele estará sujeito?

Eu sei, eu sei. Essas são questões que só ao tempo cabe responder. O que me chocou é que hoje, ao acompanhar pela televisão a tragédia naquela escola no Rio, me dei conta de que me senti solidária àquelas mães. Chorei junto com elas. E mais que isso: eu me coloquei no lugar delas. E se fosse o meu filho lá? Perdi a conta de quantas vezes me fiz essa pergunta hoje. Não consigo conceber a ideia de mandar meu filho para uma escola (uma instituição particularmente cara para mim, já que sou futura professora), um local onde ele vai aprender muitas coisas, um lugar seguro mesmo, e pensar que ele pode sair de lá ferido, traumatizado ou mesmo morto.

Se fosse em outros tempos, eu olharia também para o lado do assassino. Tentaria, antes de julgá-lo, entender (talvez não aceitar, mas entender) as suas razões e a sua história. Para minha surpresa, eu entendi que não importa se você possui um carrinho de bebê caro e chique, ou se você tem uma conta bancária gorda. O que importa de verdade é se o seu filho está bem, nesta ou em qualquer outra circustância.

Muita gente diz que quando a mulher fica grávida, ela se transforma. Erroneamente, até ontem eu afirmei que essa ideia não correspondia à verdade. Mas hoje eu venho aqui afirmar que, graças a este triste fato no Rio, eu me tornei mãe de verdade, porque me coloquei no lugar daquelas mães, que considero de agora em diante, verdadeiras heroínas. Porque são elas que vão tentar confortar seus filhos, fazê-los entender tudo o que aconteceu, mesmo que elas mesmas não tenham entendido direito. São elas que vão segurar as pontas e tocar o barco, por pior que isso possa parecer neste momento.

Para concluir, quero dizer novamente, que a gente nunca sabe em que momento se tornará mãe mesmo. Para mim, não foi preciso esperar ouvir o coraçãozinho do meu bebê, ou mesmo olhá-lo nos olhos. Ele já é para mim, a coisinha mais importante do mundo (com ou sem scarpins e companhia).

quarta-feira, 30 de março de 2011

Novo Comercial O Boticário - A vida é bonita, mas pode ser linda

Razões para Acreditar - Comercial Coca-Cola 3 versões

Abra a felicidade: a vida é bonita, mas pode ser linda!

A vida é mesmo um mistério. Por mais que tentamos entendê-la, mais ela se configura um mistério. No último post, falei sobre o fundo do poço e sobre como esse pode ser um lugar de oportunidades. Oportunidades que nem imaginamos aonde vão nos levar. Porque o lance é mais ou menos esse mesmo: as coisas vão acontecendo, e só depois, bem depois, nos vemos capazes de encaixar as peças e entender os porquês, as reviravoltas, os tropeços, e mesmo as vitórias. Nos últimos dias assisti a dois comerciais que gostei muito, e devo acrescentar que há muito não via comerciais assim, que nos fazem pensar realmente. São o do Boticário e o da Coca-Cola, em homagem aos 125 anos da marca. Ambos mostram que é possível acreditar em um mundo melhor e que a auto-estima é peça-chave na felicidade. Digo isso poque quando nos sentimos bem conosco mesmos, isso irradia à nossa volta, esse sentimento de alegria, de satisfação, de bem-estar. Quanto melhores pudermos nos tornar, melhor será o ambiente no qual estamos inseridos. E se soubermos aproveitar aquelas oportunidades que o fundo do poço nos trouxe, melhor ainda. Estou dizendo isso tudo pois espero, do fundo do meu coração, que quando eu me encontrar com a minha futura eu, as pessoas tenham realmente construído mais pontes ao invés de muros ( e eu me incluo nessa) e o mundo possa ser realmente melhor, para que o meu bebezinho (que hoje ainda está protegido pelo meu útero) possa ter a chance de olhar ao seu redor e pensar: "what a wonderful world!".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A visão do infinito

reflexo
re.fle.xo
1 Que se faz por meio da reflexão; refletido.
2 Bot Que se dobra sobre si mesmo.
3 Indireto.
4 Imitado, reproduzido.
5 V voz reflexa.
6 Fisiol Diz-se do ato, movimento ou secreção que se realiza
involuntariamente em conseqüência de excitação nervosa exterior.
7 Filos Que é caracterizado pela reflexão consciente e deliberada.
1 Efeito produzido pela luz refletida; revérbero.
2 Reflexão da luz, do calor, do som.
3 Raio de luz; clarão vago, amortecido.
4 Luz indireta.
5 Representação confusa
de um corpo; imagem refletida.
6 Reação, resposta.
7 Imitação; influência indireta; reprodução.
8 Fisiol Ato ou
movimento reflexo.
9 Psicol Reação natural, emocional ou orgânica,
provocada por excitação interna ou externa.

O fundo do poço sempre se caracterizou, para mim, como um lugar onde enxergamos o nosso próprio reflexo. Não tenho bem certeza de onde tirei essa idéia, mas me parece que é daquelas histórias de princesas que eu lia quando era criança. Aquelas histórias nas quais a princesa ficava olhando para seu reflexo nas águas profundas dos poços e imaginando como seria seu futuro ao lado do príncipe encantado.
Princesas à parte, essa idéia de “fundo do poço” nem sempre soa como algo bonito. Pode muitas vezes não ser prazerosa também. O curioso é que só agora me dei conta de que o que representa o fim da linha para alguém pode ser apenas uma curva no caminho de outrem. E essa constatação, além de extremamente desconcertante, é igualmente supreendente.
O fato é que, ao se chegar ao fundo do poço, é preciso ter coragem o suficiente para encarar o próprio reflexo. Aquele que esteve ali o tempo todo, o qual insistimos em ignorar a existência.
Admitir que uma caminhada chegou ao fim e que outra vez é preciso recomeçar não é uma tarefa fácil. Porque todo reflexo, segundo o sempre amigo Michaelis, é algo que se dobra sobre si mesmo, é a representação confusa de um corpo, uma reação, uma resposta. Uma resposta, diga-se de passagem, extremamente individual. Porque o rosto que se vê refletido no fundo do poço é o seu rosto, e não o do amigo que vive te dando conselhos. A representação confusa que se corporifica ali é a sua própria representação confusa, que permanecerá confusa até que você mesmo a transforme em algo claro, límpido; num raio de luz, ainda segundo o Michaelis.
Mas, uma vez abertos os olhos, e uma vez encarado o reflexo, há que se fazer alguma coisa. Qualquer coisa. Porquanto o fundo do poço, além de ser um lugar onde podemos nos enxergar tal qual somos – e acima de tudo, aceitarmo-nos tal qual somos – é também um local onde nos é permitido renascer. Começar de novo, dar início à um ato ou movimento reflexo que nos levará além. Simplesmente porque o fundo do poço, seja ele qual for, é o lugar onde todas as portas se abrem.

Del faz 75!

Domingo de preguiça por aqui... Voltamos de Araguari, os pequenos e eu, para passarmos o final de semana com o papai. Os meninos sentem...